O QUE É GESTÃO DE RISCO DE CRÉDITO?
Mesmo tomando todas as precauções, vender a prazo e conceder crédito a um cliente é sempre uma ação que envolve riscos para qualquer empresa. Afinal, nunca há 100% de garantia do recebimento de todo o valor concedido, dada a multiplicidade de variáveis que podem incidir sobre esse momento e levar o cliente ao não cumprimento do contrato.
A inadimplência, por exemplo, nem sempre segue um padrão e, vez ou outra, acaba por surpreender o empresário.
Por esses e outros motivos, a gestão de risco de crédito é um fator de grande importância com o qual as empresas precisam lidar. Se o risco de crédito de uma empresa é gerenciado corretamente, por meio de modelos de gestão apropriados, ela é capaz de cumprir com os requisitos regulamentares de crédito e aumentar a segurança dos seus negócios.
O QUE SIGNIFICA GESTÃO DE RISCO DE CRÉDITO?
A noção inicial da gestão de risco de crédito parte da compreensão do chamado risco de crédito. Sendo assim, é imprescindível conhecer o conceito desse último para entender o que, de fato, é a gestão de risco de crédito.
De maneira simples, o risco de crédito refere-se à probabilidade de um cliente faltar com os pagamentos de qualquer tipo de dívida. Esse risco está presente em praticamente todos as modalidades de transações financeiras que, de alguma forma, tenham a confiança como um dos fundamentos.
Por outro lado, a gestão de risco de crédito é o conjunto de práticas voltadas não só à redução dos riscos de crédito, mas à toda estruturação da empresa para lidar com esses riscos e eventuais danos que eles possam causar.
O QUE FEZ A GESTÃO DE RISCO DE CRÉDITO TORNAR-SE UMA NECESSIDADE?
A Grande Recessão Global de 2008 e a crise de crédito que se seguiu colocaram a gestão de risco de crédito das empresas no foco regulatório. Como resultado, os reguladores começaram a exigir mais transparência: eles passaram a querer se certificar de que os bancos possuíam conhecimento aprofundado sobre os clientes e seu risco de crédito associado.
Os novos regulamentos de Basileia III — uma série de propostas para a reforma das regulamentações bancárias — criaram uma carga regulatória ainda maior para os bancos. Isso afetou também todas as empresas que realizam operações que envolvem a concessão crédito, sejam elas da indústria ou do comércio.
Para cumprir com requisitos regulatórios mais rigorosos e absorver os maiores custos de capital para o risco de crédito as empresas, precisaram reformar suas abordagens sobre esses riscos, surgindo uma necessidade de uma verdadeira gestão deles.
A gestão de risco de crédito é um processo indispensável no atual mercado. Afinal, garantir a regularidade financeira da empresa com o fechamento de bons negócios com clientes bem qualificados é a base para uma atuação empresarial menos suscetível a problemas como a inadimplência.